terça-feira, 5 de agosto de 2008

a pergunta...

hoje perguntaram-me como descrevia o que vivi, onde estive e como foi,
agora posso dizer que estive nas palavras deste homem...

1 comentário:

Jahmaica disse...

Observando a beleza das coisas simples ao meu redor ,começo a olhar para dentro de mim...
E vejo tudo, menos beleza.
Não habita em mim, formosura alguma...
Não há vida no meu coração...
Há muito meu olhar perdeu o brilho...
O meu sorriso não existe mais, pois não tive motivos para sorrir...
Um semblante sombrio e vazio de sentimento é a máscara fria que carrego na minha face.
Estou sangrando por dentro...
Estou a cair, cada vez mais, e sempre mais profundamente nesse abismo de escuridão...
Não há ao meu redor nada onde eu possa me segurar...
Nenhuma mão estendida para me ajudar a levantar...
Estou sangrando e a morte já enegreceu o meu coração...
Solidão e profunda tristeza é o que carrego, escondido nas profundezas da minha alma.
E a dor é o residente que habita teimosamente o âmago do meu ser...
Pesadelos sem fim...
E sonhos impossíveis que jamais verão a esperança de realizar-se...
Uma vida que nunca foi vivida... minha vida....
Felicidade que jamais existiu...
Sorrisos que jamais foram oferecidos e tão pouco recebidos...
Olhares que jamais foram dados...
A frieza foi sempre a melhor oferta...
Como eu queria a inocência de uma criança...
O calor sincero de um sorriso ou um abraço...
O brilho lunar e inigualável de um olhar feliz...
A suavidade de uma pétala de rosa...
Mas talvez eu não mereça...
A minha vida é um deserto, onde qualquer esperança, é uma miragem...
Onde tudo é ilusão e vazio de vida...
O meu caminho é um jardim de rosas mortas e desfolhadas....
Espinhos foi o que ficou...
Apenas espinhos.
Passado amargo, Presente insuportável...
O meu Futuro, o que será?
Estou caindo nesse precipício sem fundo...
Sangrando, morrendo...
Afogando-me na dor...
Liberdade!!!
É só o que eu queria...
Um espirito livre. Um coração alado...
Sem medo de viver e sonhar...
Sem temer o próximo nascer do sol...
Mas tenho me escondido, toda vida, sob essa mascara...
Preso nesse teatro...vivendo uma farsa.
Uma mentira.
Esse não sou eu! Será que ninguém pode perceber?
Não há quem possa compreender ou ler no meu olhar?
A minha frieza nada lhe diz?
A expressão indecifrável de minha face, mostra, a morte de meu coração...
Estou tão cansado...
Tão fraco...esgotado...
Com sentimentos e desejos reprimidos.
Não sei ate quando serei capaz de suportar, seguir sozinho na escuridão do meu caminho...
Sê a minha estrela guia...
A minha luz...
Ajuda-me...
Faz-me conhecer a vida...
Mostra-me alguma beleza...
Mostra-me a formosura da simplicidade...
Ama-me assim como eu te amo.
Meu anjo de Luz.
Meu raio de sol.